A arte deve ser sempre incentivada e
sempre questionada, sim, mas jamais censurada.
No dia 1º de março de 2013, quase três décadas após o fim da censura no Brasil, uma das mais tradicionais companhias de teatro do país (Os Satyros) foi impedida de estrear sua peça Edifício London, sob ameaça de pagamento de indenização e processo judicial.
O texto teve como livre inspiração as tragédias clássicas
Macbeth e Medéia e a recente tragédia brasileira que ficou conhecida como Caso Isabella
Nardoni.
Em um ambiente transitório entre realidade e fantasia, sem
qualquer juízo de valor, e sem citar nomes ou personagens da vida real, a obra
artística buscava a reflexão e questionamento sobre as relações familiares e
tragédias contemporâneas.
Muitas informações incorretas vêm sido divulgadas sobre o
conteúdo do espetáculo, afinal, ninguém teve a oportunidade de assisti-lo e a
companhia também foi impedida de divulgar seu texto.
É importante lembrar que o inciso IX do artigo 5º da
Constituição Federal brasileira diz que "é livre a expressão da atividade
intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de
censura ou licença".
Nós, artistas e apreciadores da arte em todas as suas
formas, temos o dever de manifestar nosso total repúdio a qualquer forma de
censura.
Acreditamos que a arte tem extrema importância para a
sociedade, devendo ser sempre incentivada e sempre questionada, sim, mas jamais
censurada.
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