"O medo toma a forma de quem o recebe e se expande por braços e pernas... Uma cidade apagada no estômago, um filho morrendo a cada milésimo, medo de ter medo, então um medo infinito que podemos chamar por um nome, como um cão ou um gato que vive por perto, no quintal." (Marcio Tito Pellegrini, Caso 6457)
Nossos medos e ansiedades continuam por perto enquanto continuamos os alimentando. A gente sabe disso. Mas não para de alimentar. Eu alimento minhas ansiedades com um turbilhão de pensamentos 24 horas por dia. Tento enganá-las com terapia. Tento envenená-las com Rivotril. Mas não consigo deixar de atrair esses cães ou gatos pro meu quintal. Eles aparecem, eu ofereço comida, carinho. Eles me fazem companhia.
RZ, atriz e interna
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